Eu sabia que isso aconteceria cedo ou tarde. Não que eu seja algoreiro de plantão, mas pelo andar da carruagem mesmo. Qualquer pessoa não precisa ter uma bola de cristal para fazer uma previsão segura. Mais uma vez, a ação policial falhou, deixando bandidos à solta e atirando contra cidadãos.
Há muito tempo ouve-se na mídia o comentário batido de que "enquanto alguma coisa não atingir gente grande, nada será feito". Dito e feito desta vez. A polícia "nervozinha" da blitze carioca picou bala no carro de um magistrada e sua família, numa ação tão desastrosa quanto pisar no rabo de um gato. Isso porque, como foi dito na mídia, o motorista do veículo simplesmente resolveu mudar de direção. A desculpa? 'Pensavam se tratar de bandidos'. Será? Ou pensavam se tratar de mais um civil qualquer, como acontece com certa regularidade? Outra coisa, o juiz viu-se cerceado no mais sagrado "direito de ir e vir", por onde e como quiser vir.
Agora, pense numa corporação policial, que em tese é treinada para defender o cidadão (não para aterrorizar), sendo instruída da seguinte forma: "Pelotão! Se em caso de blitze alguém que vem em sua direção tentar mudar de rota, FOGO!" Não é à toa que o ator Sylvester Stallone ao deixar o Brasil espalhou boatos de que nosso povo o permitira até explodir a cidade inteira e ainda lhe daria o que tem de melhor: um macaco, fruto das florestas de nossa terra primitiva e ignorante.
No caso do atropelamento do filho da atriz global Cissa Guimarães, os policiais foram rigorosamente expulsos (exonerados) da corporação, depois de constatada tentativa de suborno em troca da liberação dos responsáveis pela morte do rapaz famoso. A polícia do Rio só faltou pedir desculpas à atriz: 'perdão, não sabíamos que a vítima era seu filho!'. E agora no caso do juiz, alguém deve ter dito: 'erramos, não era um qualquer!'. Quer dizer, o erro não parece estar na ação, mas sim em envolver gente graúda. Tem jeito não!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente com responsabilidade!