Mayara Petruso foi posta no "olho da rua" após publicar em seu perfil no microblog a seguinte frase: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordetino afogado!".
A OAB de Pernambuco acionou o Ministério Público Federal em São Paulo propondo um processo contra a estudante. A garota apagou seu perfil no Twitter, no Facebook e no Orkut além de pedir desculpas.
Comentário:
O que nos preocupa é o fato de que ela está sendo punida exemplarmente em nome de outros tantos estudantes que, a despeito de estarem buscando formações em áreas superiores, chegarão, no futuro, a ocupar patamares importantes da sociedade, sem contudo conseguir livrar-se de sentimentos hostis e preconceituosos como este. Se não existisse um meio de externar tais sentimentos de forma espontânea, como é o caso das redes sociais, é possível que ela viesse a ser uma advogada, juíza ou ministra da Justiça alimentando tal distorção, apenas fazendo uso de uma forma velada e sutil de aplicar sua hostilidade. Outros que mais cedo usaram de sabedoria para esconder o preconceito, provavelmente perduram nas universidades, nos cargos públicos, políticos e administrativos, perpetuando este mal de forma velada.
Barbas de molho:
Segundo o site 'Blog do Tony', "não é só a estudante de direito Mayara Petruso que será investigada por mensagens de ofensas a nordestinos no Twitter. Outros 1.037 perfis de usuários no Twitter foram relacionados numa notícia-crime encaminhada pela ONG SaferNet ao Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo.
O pedido de desculpas de Mayara foi publicado nos seguintes termos: "MINHAS SINCERAS DESCULPAS AO POST COLOCADO NO AR, O QUE ERA ALGO PRA ATINGIR OUTRO FOCO, ACABOU SAINDO FORA DE CONTROLE. NÃO TENHO PROBLEMAS COM ESSAS PESSOAS, PELO CONTRARIO, ERRAR É HUMANO, DESCULPA MAIS UMA VEZ."
A futura advogada deve, em breve, vê-se diante de um juiz, só que como réu, com outro advogado tentando juntar a "M" que ela espalhou. É provável que a moça tenha a carreira e toda uma vida prejudicadas.
Lamento, Mayara. Mas devo confessar imensa alegria em vê-la ser devidamente julgada, por uma corte competente.
Por: Tarcisio Andrade, nordestino.
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