Marcelo Odebrecht |
Que eu saiba, só trabalho escravo é reconhecido como tal no Brasil(e olhe lá). E, se de fato alguma coisa que os senhores empresários fizessem levasse nossa justiça a interpretado como sendo trabalho escravo, não seria eu quem iria duvidar. Ela demora a identificar casos de abusos, mas também quando os identifica, não resta dúvidas. Que práticas trabalhistas seriam estadas que os EUA adotam e que o Brasil discriminaria? Penso.
A impressão que fica é que a CLT(Consolidação das Leis Trabalhistas) trata o trabalhador com excesso de zelo e, em contrapartida, pressiona demais as empresas. Ora, isso não é verdade. Para ser mais objetivo, acho que o trabalhador brasileiro já vive submetido à condições que beiram a escravidão. Se o senhor Marcelo acha que a coisa ainda poderia ficar mais apertada, já está aqui quem falou. (Veja melhor a matéria no Portal IG).
Talvez a gente comece a entender(não sei) se consideramos uma das últimas pesquisas da FGV(Fundação Getúlio Vargas) que diz, segundo seu Centro de Microeconomia Aplicada, que há casos em que um trabalhador com salário mensal bruto de R$ 730 custa R$ 2.067,44 para a empresa. Gente, o Brasil não quer empresas, indústrias, empregos, de modo algum se é esse o incentivo que ela dá para que o grande investidor coloque seu capital no setor, aqui no Brasil.
Mas não é só o empresário que enfia o pé por baixo desse rolo compressor de desestímulos à indústria, o trabalhador é o mais prejudicado. Veja que segundo a matéria, que cita o estudo acima mensionado, "o custo do trabalhador, em média, pode chegar a 2,83 vezes - ou 183% - o salário que ele recebe da empresa". Não tenha dúvida, meu querido, minha querida, se voce só leva para casa no final do mês seus míseros R$ 750,00, saiba que poderia levar bem mais, e a culpa é do governo que encarece o "custo/trabalhador"(quem entende de economia defina um termo melhor) para as empresas, que, para não deixarem de lucrar, mantém, em acordo com a própria CLT, o seu salário num patamar tão baixo.
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