"Papai voce é amor. É meu exemplo na vida. Eu te te ofereço um Dolly, com toda emoção". É assim que diz a letra do gingle do comercial do refrigerante Dolly. E isso me leva a refletir o seguinte: desde quando uma mensagem publicitária necessita de coerência ou de sintonia com a realidade? Não é mesmo? As campanhas publicitárias trafegam nas águas coloridas do mar das fantasias, das improbabilidades, dos desnexos e da ausência de lógica. Algumas um pouco, outras um tanto exageradamente.
Eu tomo refrigerante, na contra-mão do controle dos níveis de açúcares no sangue, o ano inteiro. Acho improvável que meu filho no dia dos pais me ofereça um tambor de refrigerante como presente. Nada contra a marca Dolly, acredito até que o garrafão do refrigerante vai estar no meio da mesa na hora do almoço, para todos tomarem. Só acho que uma coisa tão comum não deva estar na lista de presente de dia dos pais. Não está pelo menos na lista do que eu espero. A mensagem publicitária de que o gingle trata corre paralela à raia da realidade, não dentro dela.
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