sábado, 6 de novembro de 2010

Quer um aumento salarial de 283%? Seja secretário municipal de São Paulo

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Não se trata de nenhum filme de comédia. Não é trecho de um desses filmes que costumam delegar o papel a atores como Selton Mello, Marcos Nanini ou Lima Duarte. Não. É vida real, para tristeza nossa.

No final do mês passado alguns vereadores da Câmara Municipal de São Paulo evitaram, por poucos votos contrários, uma proposta de aumento salarial (que ainda não foi descartada) de até 90% para o prefeito e o absurdo de 283% para secretários municipais.

O prefeito Gilberto Kassab saiu pela tangente, mas não quis enfrentar a sanha insaciável daqueles que podem receber para discutir sobre os próprios aumentos salariais, disse que abriria mão do excedente monetário que por ventura viesse a estufar sua carteira (não necessariamente com estas palavras) .

Com o aumento, o salário do prefeito passará de R$ 12.389,00 para R$ 24.117,00. Já o salário dos secretários municipais, deixaria a "miserável" quantia de R$ 5.344,00 para R$ 20.499,00. Não são umas gracinhas, como diz a Hebe Camargo?! Que fofos!

O senhor Gilberto Kassab se engana se pensa que engana o povo ao tentar justificar o megalomaníaco aumento vendendo a ideia pífia de que "os cargos públicos municipais passariam a despertar a cobiça famingerada maior interesse de bons profissionais como existisse crise de interesses da iniciativa privada para o setor da farra da administração pública.

Que bonitinho! Quer dizer que os atuais chefes de cargos públicos trabalham pessimamente por conta do salário ser baixo? Há, entendi.

O cinematográfico golpe maquiavélico aumento não foi totalmente descartado porque a votação deu empate. O projeto voltará à Câmara e ainda poderá ser aprovado em posterior votação. Com o aumento, o prefeito de São Paulo ganhará a mesma "bufunfa" que excelentíssimo ministro do Supremo Tribunal Federal (enquanto o salário dele também não aumentar).

Só gostaria de que os políticos declarasse em suas campanhas eleitorais intenções como estas. Duvido! Seria surreal ver candidatos declararem em palanques a ressuscitação da CPMF, por exemplo.

Escreva o que estou dizendo: ela voltará, como o vilão macabro de algum filme de terror, nem que seja com um nomezinho diferente. Vale lembrar que durante a cobrança deste imposto a mais a saúde pública, na época a desculpa dada para o saque a cobrança, era idêntica a esta que hoje está aí: equivale a uma sentença de morte, onde velhos morrem à míngua nas filas dos hospitais por falta de boa vontade efetivos médicos e remédios nos morródromos postos de saúde.

E voce, quanto conseguirá em seu aumento salarial por dissídio? 6%? Bem, não chega perto dos 90% para o prefeito. Melhor seria se correspondesse aos 283%, para secretários.

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