quarta-feira, 23 de março de 2011

Ser mulher é uma merda, convenhamos

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Chega de fingir admiração e respeito por um ser historicamente tão desrespeitado, tão pouco valorizado e tragicamente mau compreendido, espoliado e "usado" pelo ser masculino. Vou listar abaixo o porque de agradecer a Deus por ter nascido um ser masculino, e não feminino:

Quando tudo começa:

Na Índia, ao longos das últimas duas décadas, 10 milhões de mulheres foram condenadas à morte antes mesmo de nascer. O crime: ser mulher. Isso mesmo! Foram "mais de dez milhões de abortos seletivos, praticados(apenas contra o sexo feminino) nos últimos 20 anos" (Fonte)

Mas este não é um problema apenas visto na índia. Na verdade, desde os tempos antigos, à mulher vem sendo relegado um papel secundário, pelas simples imposição masculina mediante o argumento de inferioridade física. E isto sempre com aval das religiões, o que é pior.

E tudo continua:

Segundo estudo do BNDES, (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), somente em 2081,  ou seja, daqui a sete décadas, a mulher terá salário igual ao do homem, caso o país mantenha o mesmo ritmo de evolução registrado nos últimos 10 anos.

Mas não é apenas uma questão salarial. A mulher é desprezada em muitos outros ambientes e situações. Nas escolas, colégios e universidades, sua característica de "fragilidade" física faz com que espaços e infra-estruturas destinadas a atividades físicas e de laser ganham mais espaço e atenção.

Já nos transportes públicos, principalmente em metrópoles com enormes problemas neste setor, como é o caso de São Paulo, muitas mulheres não conseguem embarcar a tempo, pelo simples fato de que em alguns pontos só é possível adentrar ao sistema com a aplicação de força física, dada a superlotação de passageiros nos trens e ônibus. E mesmo depois de ingressar no transporte, muitas vezes sofrem abusos e assédios nestes ambientes superlotados.

A violência contra a mulher continua:

Quando se casa, o que em tese se esperaria que fosse respeitada, uma vez que feita a "sociedade" com um dos representantes do opressor mundo masculino estaria protegida (e mesmo a mulher moderna busca no homem sua proteção), é quando ela mais sofre desrespeito e violência, tanto moral quanto física.

Dos filhos: Eles começam chupando os peitos da mulher, ávidos por alimento, sem a menor das preocupações com relação ao estado em que ficará essa parte do corpo da mulher depois.

Do homem: Que antes mesmo dos filhos, com a tara própria de quem deseja regressar ao útero, já se pendura com boca sequiosa a sugar, para própria satisfação. E o que é pior, ele mesmo a rejeitará depois, posto que a consequente flacidez não é símbolo de beleza.

Mas a própria prática do sexo não põe a mulher literalmente em boa posição. É "de quatro", é "por baixo", é "de joelhos" em que, nas mais insuspetas situações a mulher é posta como objeto da sexualidade masculina. Não se quer aqui dizer que não haja prazer recíproco. Mas porque não o "homem de quatro"? Por que não homem "por baixo"? Por que não o homem "de joelhos"?

É menstruação, é gravidez a esticar a pele da barriga, é celulite e estrias, varizes e queda de hormônios...Deus é mesmo um ser masculino.

E isto seria ainda pouco comparado à forma mais contundentes da aplicação da força masculina em relação à mulher. Inegavelmente as mulheres trabalham mais que os homens. Culturalmente, as tarefas domésticas não são deles, mas delas. Depois de um dia duro de trabalho, levando em conta tudo aquilo que já foi dito sobre o transporte público para as mulheres, ao chegar em casa a mulher ainda encontra uma pilha de louça, um cesto de roupas, mais uma porção de outras roupas já secas para passar, mais o jantar (para os homens da casa). Depois de tudo isso, ela ainda vai "servir" aos instintos masculinos, na cama. Isso se conseguir fazer com que as crianças durmam (algumas delas rezam para que o marido também durma nesse meio tempo).

Pior é quando, ao voltar para casa, sobrecarregada de compras do mercado, o marido embriagado ainda age com violência. A mulher, neste caso, vira mesmo objeto masculino.

Por fim, gostaria de dizer que aquilo que mais lamento, o que é pior que a indiferença masculina em relação a questão da violência contra a  mulher, é perceber que a própria mulher, uma vez empossada em alguma forma de poder, ainda pensa como homem e ratifica essa violência contra as de seu gênero.

Todo discurso em comemoração ao dia internacional da mulher será em vão, caso alguma coisa não mude. A começar pela própria mulher, cujas representantes da mídia alugam seus corpos aos holofotes sob o inadmissível título de "trabalho". Embora esse não seja todo o problema.

Eu aconselharia a todas as mulheres oprimidadas por seus cônjuges, maridos, homens, namorados ou amantes, tomarem uma reação radical à altura. Usem os dentes para cortar-lhes o que eles mais estimam, e pelo que eles mais tem-nas subjugadas, no momento em que eles demonstram mais fraqueza. Quanto ao resto, amiga, fodida voce já está.

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