sábado, 3 de março de 2012

Filhos órfãos da pátria "mãe gentil" - O grande mau do século

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Não há erros menores que não revelem outros piores. Nossos erros tem raízes profundas em nossa história. Eles não servem, coisa alguma, para que aprendamos, mas apenas nos acompanham como parte de nós, decididos a manter esse caráter errante. Assim, erramos do alto abaixo na defesa da condição original de seres caídos (não sei de onde).

O Governo Federal erra não fiscalizando, fazendo vistas grossas, lavando as mãos com campanhas publicitárias custeadas pelo dinheiro público, pagando a emissoras, que a despeito do conhecimento público funcionam por concessão pública, para convencer o povo de que "é culpado" ao escolher entre o péssimo sangue-suga de ontem e o famigerado carrapato de hoje.

E por falar em campanhas, vem a CNBB(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) com mais uma Campanha da Fraternidade "conscientizando" o povo para lutar pelos seus direitos, como se faltasse "apetite", mais preocupada com assuntos políticos do que com os escândalos dos clérigos pedófilos da Igreja. Somos carentes sim de soluções aos reclames de uma nação que geme à mão faraônica de um dissimulado sistema democrático, onde o povo tem direito a chorar só porque eles possuem bons tapa-ouvidos.

Mulheres parem às portas das emergências dos hospitais públicos, velhos morrem por falta de desfibrilador -   um equipamento desenvolvido na década de cinquenta. Faltam leitos, equipamentos, pessoas a serviço, quem administre o pouco pessoal disponível. Outras vezes, sobram pessoas, mas falta boa vontade. Surgem a cada dia novas modalidades de corrupção, embora as velhas práticas não sejam esquecidas pelas raposas viciadas no poleiro político, que é Brasília.

Vejamos a TV, como lança uma enxurrada de besteirol, alimentando de fantasia, novelas, carnaval e futebol, uma nação que já desmaia desnutrida de cultura, que já perdeu o espírito de nação e hoje acata a mera condição de público telespectador de um reality show. As agências de publicidades, então, não se envergonham de mentir e zombam da inteligência do "público". A indústria lesa o consumir, e as empresas, o trabalhador. A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), burlada e "amiga da onça", é a mãe céga desses filhos esquecidos. Os sindicatos, parasitas infelizes, negociam o suor do povo em troca dos despojos das litigações "teatrais" em comemoração aos seus contratos de gaveta. Segue assim, o boi preso pela cerca de capim.

Vejamos o exemplo de um certo parque de diversões, quando três dias após o acidente que vitimou uma menina ao lado de seus pais, administradores obrigaram, segundo depoimento à polícia, um funcionário a assinar a conclusão em um curso que ele jamais participou. Fora isso, a revelação de que o problema, de grave comprometimento da segurança, era de conhecimento daqueles que podiam escolher entre consertar ou não repassar a despesa da manutenção ao setor superior. É disso que estou falando: do fato de comprometerem coisas realmente importantes para preservar o "delicado equilíbrio da hipocrisia" que rege o péssimo andamento do bonde capenga.

E dessa forma os problemas se acumulam até o dia em que explodem num desses episódios sinistros, mas anunciados. É quando alguém diz: "bem que eu avisei!" Vejam o problema das motos aquáticas! Como é flexível a fiscalização, e simples, o método de aprovação da Capitania dos Portos para aprovação de malucos e perigosos "brincalhões" veranistas.

Um caso como esse só nos leva a refletir: quantas empresas de transporte público não estão em situação igual?! Quantos edifícios não recebem apenas na portaria quem deveria averiguar a segurança nos elevadores, nos extintores de incêndio, na caixa d'água e em tudo aquilo que envolve a vida de seus moradores?! O número só não é maior que o de funcionários demitidos por se importar realmente que alguém dessa porão abaixo pela vala comum do descaso.

Isso são epenas exemplos entre os milhares de casos que impregnam os ambientes de trabalho, dirigidos por essas práticas inescrupulosas, onde os funcionários são zumbis carregando um crachá no peito e a ameaça de desemprego na cabeça. Qualquer envolvimento sincero com fatores de segurança, defendidos teoricamente, mas que dão custo no caixa, naturalmente não interessam ao "doutor fulano".

Está ai mais uma das tantas fatalidades que acontecem pelo país a fora. Muitas outras empresas, de vários setores, estão assim comprometidas pelos interesses cada vez mais alheios ao discurso politicamente correto que afixam em seus murais.

Só o que posso dizer é: olhe para os lados antes de atravessar a rua. Examine o que leva à boca. Desacredite dos anúncios de TV, da propagando do governo e das crenças antigas, pois voce está sozinho(a). Tudo o que resta, caso aconteça-lhe algo, é a promessa de que vão "abrir uma sindicância" para apurar os fatos. Esse é o discurso na ponta da língua de todos aqueles que deveria fazer mais do que "abrir uma sindicância".

Esteja certo(a): não há ninguém que te livre da "besta-fera" que domina a sociedade cada vez mais hipócrita, de alto a baixo, do setor público ao privado, que é o descaso público. Esse sim é o grande mau do nosso século.

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