sexta-feira, 9 de março de 2012

Lei da palmada? Quem no Brasil dá palmada em filho?

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No Brasil ninguém dá palmada em filho. Quem já viu alguma criança ou adolescente tomando palmada nas nádegas? Eu nunca vi. Sempre que alguém se arvora do "direito" de agredir, em nome da suposta educação dos filhos, o que se vê são surras, "pisas", como se diz no Nordeste, pancadas, cintadas, chicotadas, tabicadas(mais uma vez citando o Nordeste), menos palmada.

Fica difícil buscar a resolução de um assunto que é evitado, e pior, que é encarado de forma simplista. A sociedade é hipócrita. Trata-se de um eufemismo no mais alto grau de expressão. Ficamos discutindo a aplicação, ou a não aplicação, da palmada que ninguém dá, enquanto ninguém fala da verdadeira agressão física, como se ela não existisse.

Embora não exista como dizer que alguém "apanhou" menos, que alguém bateu mais ou que uma surra pode ser leve, a menos que se bata com um travesseiro de plumas de ganço, podemos dizer que a agressão física é mais caraterizada pelo descontrole emocional dos pais. Os pais batem nos filhos quando sentem que perderam o controle. O que eles não perdem tempo tentando entender é, por que perdem o controle? Stresse? Repassando as surras que levaram de seus pais? Deixando o diálogo para outro dia? A educação para outro dia? Vale sempre frisar que, quem não tem educação não tem capacidade de educar. Se um adulto não domina as próprias emoções, como pode pretender dominar, ao mesmo tempo, as emoções da criança, ou obrigá-la a dominar as dela?

Mas, voltando a falar da obsoleta palmada, tão discutida, nunca aplicada, e da surra, da agressão e espancamento tão usual, ainda nos dias atuais, parece mesmo uma brincadeira inoportuna a tal "Lei da palmada". Muitos pais dirão: "tudo bem que se proíba a palmada. Vamos de cintada, de chinelada, de esmurrões, correiadas, puxões de cabelo, de orelhas, "croque"(aquele que o Seu Madruga dá no Chaves)". E assim eles prosseguem.

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