terça-feira, 21 de agosto de 2012

Deus salve a América, de si mesma!

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Eu teria menos vergonha se fosse filho de uma cadela vira-latas do que, pertencendo a espécie humana, conviver com seres semelhantes a mim na aparência, mas diferentes no comportamento diante das variedades étnicas de nossa raça, a raça humana.

Os Estados Unidos de hoje é um país diferente daquele mesmo que proibiu Steve Biko de falar com mais de uma pessoa por vez, evitando assim que ele discursasse contra o Apartheid, em 1973? Só porque hoje tem o primeiro negro na presidência não quer dizer que seja menos desumano que naquela época, mas precisa de muito mais que isso.

Dentre atrocidades como essa, e até maiores, que fique estampada para sempre a face da vergonha sobre o rosto de qualquer pessoa ou nação que alimentou, ou alimenta, o racismo. Eles tinham, e tem, nojo da cor da pele, mas não se envergonham de possuir em seus caráteres a mentira, pois sempre encobriram suas atrocidades, suas práticas animalescas, com mentiras.

Em 6 de setembro de 1977, Biko foi preso em bloqueio rodoviário organizado pela polícia. Levado sob custódia, foi acorrentado às grades de uma janela da penitenciária durante um dia inteiro e sofreu grave traumatismo craniano. Em 11 de setembro, foi embarcado em veículo policial para transporte para outra prisão. Biko morreu durante o trajeto e a polícia alegou que a morte se devera a "prolongada greve de fome empreendida pelo prisioneiro".

Vale a pena citar uma de suas frases proibidas na época:“Se somos livres no coração, não haverá correntes feitas pelo homem com força suficiente para sujeitar-nos. Mas, se a mente do oprimido é manipulada (...) até o ponto dele se considerar inferior, não será capaz de fazer nada para enfrentar o seu opressor”. (Steve Biko)

Deus salve a América, de si mesma!

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