Ao longo de dez anos é possível que o interesse de um pelo outro tenha sido trocado por uma série de outras conquistas. Ganharam em compreensão, mas perderam em desejo. Ganharam em intimidade, mas perderam em paixão. Ganharam em segurança, mas perderam em sonhos.
É possível que o sexo nesta fase da relação caia numa rotina massacrante, levando a prática à simples condição de mais uma das coisas enfadonhas que fazem juntos. Uma mulher e um homem, como crianças, podem nem mesmo atinar para as causas de uma possível frieza na relação. Ele não imagina que o fim do desejo pode ter começado a partir de quando ela ocupou o lugar de sua mãe, passando sua roupa, cozinhando para ele e lavando duas cuecas.
Dá para imaginar uma mulher sentindo desejo por um homem depois de lavar suas cuecas? Ainda mais se elas forem daquelas com freada de bicicleta no fundo, ou com a forma laceada do recheio, ou mesmo aquela rotunda amarelada de urina. Pior se encontrar pelos encaracolados entre a trama do tecido, ou mesmo aqueles cantos encardidos de suor.
A mulher também pode ser "porca" na relação. Pode ser do tipo que deixa roupas íntimas pelo piso do banheiro, absorventes encharcados de sangue menstrual por cima dos papeis higiênicos do cesto ou urinar com a porta aberta. Certamente, ela já sabe que isso é péssimo para a relação. Mesmo assim, faz como se uma força estranha a levasse a dar "um tiro no pé", matando o interesse do marido. Um casal nestas condições pode até ainda fazer sexo. No entanto, isso acontecerá sempre que ele não suportar mais a abstinência. Ela a penetrará rápido e depois que gozar, terá mais pressa ainda em "sair". Só uma "amante" o ajudará a resgatar parte da auto-estima.
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