sábado, 17 de setembro de 2011

No Brasil sobram exemplos e faltam ações concretas

Agregador de links
Moro num país tropical, abençoado por Deus(nem tanto) e bonito, sim, por obra da natureza. Mas isso não é tudo. O senhor José Sarney não me inspira confiança. Tá certo que eu não o conheço pessoalmente, mas o que me chega acerca dele é suficiente para sentir verdadeiro asco. Mas não é só ele, outros caras metidos na política, e em outras camadas dessa estrutura chamada Estado, que me dá nojo, também ofendem meu faro tal qual carniça podre. Alguns figurões da polícia, do Exército, da medicina, das repartições públicas, das privadas, também me embrulham o estômago.

Eu poderia citar aqui outros párias de uma classe de pessoas que precisavam pegar na enxada, sim. Carpir muito mato nas beiras das estradas, suar a camisa, para devolver ao povo brasileiro pelo menos uma ínfima parte dos direitos tomados através de manobras políticas, politicagens e troca de afagos no bumbum. Também os juízes, dos quias não me venham lembrando apenas o "tiozão" sem vergonha do Lalau, pois não é só ele que envergonha a toga, de futebol, cartolas, jogadores, como por (mau)exemplo aqueles sem vergonhas que abriram as pernas para a frança em 1998, todos são defenestrados, incapazes de sustentar o prestígio que o povo lhes concede ludibriado pelo fascínio dos meios de comunicação. Aqui aproveito para não deixar de fora outra área cheia de miseráveis carrapatos: os que trabalham a comunicação, mas que pouc contribuem de essencial para informar no que é útil.

No Brasil sobram "bons exemplos", mas faltam ações concretas por parte de quem quer que se mova. Ninguém tem culhões para se mexer a fim de mudar uma vírgula sequer desse estado de coisas horrível em que nos encontramos. Desde a Ditadura Militar, ou de muito antes, desde que se "empalhou" o proletário Tiradentes, em exceção aos aristocratas, seus pares excluídos da forca por serem ricos, como amostra do que se faz a quem quer que deseje pôr ordem nesse puteiro que é a República Federativa do Brasil, ninguém tem culhões para mudar alguma coisa em favor da coletividade. O povo brasileiro é capaz de destruir um estádio de futebol por descontentamento ou orgulho pelo escudo de seu time favorito, mas é incapaz de desratizar as esferas do poder a base de foice, enxadas e picaretas. Tem o voto, mas, vejo o que se tem feito com ele: trocar um canalha por um novo canalha.

O Brasil é um país de covardes, aviltados, mas covardes ainda assim. De um lado, os que debulham, desfloram o ânus da nação matrimonialmente passiva. Do outro, os que ficam de quatro para o troço grosso, seja lá o que for, entrar rasgando. E toda a lenga-lenga da TV, do rádio e dos jornais vai adornando a nação, anestesiando os sentimentos do povo, que suporta gemendo bonito para agradar o tesão com que enrabam a pátria, pouco amada, mas tão desejada.

Calem-se os bons exemplos, do esporte, da música, das religiões, da indústria, das instituições humanitárias, de onde quer que se sintam elevados: de exemplos o povo brasileiro está cheio. Do que carecemos mesmo são ações que façam a diferença, não para seu João, seu Miguel ou Dona Débora, e sim para todos aqueles malditos filhos que jamais sequer herdarão um só motivo para achar sentido em se ter orgulho civil, ou no mínimo, um lugar para morar e um pão para os filhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente com responsabilidade!