segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Advogado não é promotor de justiça. E alguns levam isso ao pé da letra

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Advogado não é promotor de justiça, e alguns levam isso ao pé da letra. Ou seja, estão "cagando e andando" para a justiça enquanto apenas defendem os interesses de seus clientes. Clientelismo é o que norteia a atuação de alguns profissionais "porta-de-cadeias". Mas, pensando bem, quem faria diferente?

Olhando sinceramente a realidade do nosso país, os exemplos dos representantes políticos do povo empossados em cargos públicos, em todas as esferas do poder, "fazendo e acontecendo" com todo tipo de roubalheira, escândalos após escândalos, e nada muda. Não há estímulos, exemplos são meros exemplos, como o de um velho guru que já ninguém o segue. Bons exemplos até existem, mas é o que menos interessa. Ninguém, pobre ou rico, está a fim de ser honesto ou privilegiar a honestidade. Logo, para que ser honesto?

O que mais se vê hoje em dia é advogado dizendo na televisão que seus clientes "não fizeram isso, não fizeram aquilo", igual marido pego pelado na cama com aquela gostosona e diz:"querida, não é o que voce está pensando!". Desmentem mesmo quando há evidências, ou pior, quando o próprio cliente já tem confessado suas culpas. A verdade parece aquilo que alguém acha conveniente dizer, trabalhar, moldar. Perdemos a essência do que é verdadeiro, bom e legítimo, ou mais ainda, não sabemos mais o que é importante para nós mesmos enquanto sociedade organizada por preceitos morais. 

Por falar em tudo isso, ontem mais um fedelho ricasso atropelou gente trabalhadora. Trata-se do jovem Nacib Mohamed Orra, de 20 anos. Ele atropelou três pessoas que esperavam ônibus, após sairem de uma casa noturna onde trabalham, na avenida Juscelino Kubitschek (zona oeste de São Paulo). Claro, ele foi preso e, informalmente, disse aos policiais que tinha bebido três doses de uísque, embora tenha se recusado a fazer o teste do bafômetro. Agora, preste atenção nisto: ele não tinha carteira de habilitação para dirigir, além de apresentar sinais de embriaguez e dirigir acima da velocidade permitida. O jovem justificou a cena acima vista(foto) pela necessidade de acelerar para acompanhar, possivelmente outro "pimpolho" que rasgou mais a frente a bordo de outra máquina.

Recolhido, o "filhinho da mamãe" recebeu hoje pela manhã a visita de advogados que desmentem a própria palavra do garoto, de que tinha bebido. Agora, voce imagine a seguinte cena:

Jovem bêbado que atropelou, diz:
___"Ung! Ip! Eu...tomei três doses de uísque apenas!"
Advogado, diz:
___"Não é verdade! Voce não tomou nem água potável. Está confuso e emocionalmente abalado. Não passa de falsa impressão sua, jovem. Nós, que não estávamos lá, nem com voce, antes ou depois, sabemos mais sobre os fatos que voce mesmo. Além de tudo, sua mamãezinha disse que voce nem toca numa gota de álcool".

Um dos advogados do jovem é Fábio Eduardo Saldanha de Miranda. Ele nega que o cliente tenha bebido, embora o próprio jovem tenha confessado informalmente, além de dar sinais de embriaguez à experiente Polícia Militar, que prendeu e lavrou Boletim de ocorrência.

Que beleza! Não é à toa que a credibilidade da justiça no Brasil anda tão para baixo.

O quadro de saúde das vítimas é estável. Veja mais informações na página do G1.
(Fonte:Folha)

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