sábado, 17 de dezembro de 2011

O Construtor (Tema adaptado)

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Uma empresa da construção civil estava prestes a aposentar três de seus funcionários antigos. Porém, antes de dar entrada nos trâmites burocráticos da questão, o patrão mandou chamar os três pedreiros ao seu escritório. Enquanto eles seguiam pelos corredores iam tentando antecipar o assunto a ser tratado. O primeiro disse aos outros dois:
__Não deve ser coisa boa. A gente serve a uma empresa a vida inteira e se aposenta com um mísero soldo. O segundo concordou e fez um comentário não menos pessimista que o primeiro.
Já o terceiro disse:
__Não há o que temer, meus amigos. Sempre fizemos nossa parte e igualmente fomos sempre recompensados pelo justo salário compatível a nossas funções.
Os demais, como sempre, duvidaram e concordaram em segredo que o homem era mesmo um "bajulador", como diziam nas conversas particulares.
Chegando ao escritório, todos sentados diante do patrão, ouviram o seguinte:
__Senhores. É chegado o tempo de vocês serem aposentados. E como sempre bem serviram a nossa empresa, construindo belas residências e edifícios seguros, uma coisa lhes peço antes de abrir mão de vossos valiosos talentos: Que cada um construa uma última obra conforme nosso engenheiro lhes mostrará.
Ordens não são para discutir, mas sim para acatar. E os três homens saíram da sala do patrão direto para o escritório de engenharia, a fim de conhecer aquelas que seriam suas últimas tarefas na empresa. A caminho do escritório, porém, um deles disse para o outro:
__Não falei?! Esse cara é um sangue-suga.
E o outro completou:
__Filho da mãe! Tirou o couro da gente a vida inteira e ainda quer sugar o último que pode. O terceiro homem ficou calado, pois conhecia bem o ânimo dos reclamantes. Nada poderia os animar, a não ser os pagamento no final de cada mês, os feriados e as vésperas dos dias de folgas. Tinha sido essa a rotina deles durantes todos aqueles anos que juntos trabalharam. Eles faziam, mas nunca sem reclamar ou tecer comentários ruins.
Chegou o dia de darem início à última obra na empresa. De posse de seus projetos e com material suficiente disponível, cada um pôs-se a construir uma casa, conforme a marcação do engenheiro.
Bem, não tanto nos conformes. Um deles, ao invés de colocar o cimento a 3 por 1(três quantidades de areia para cada quantidade de cimento), fez uma massa fraca. Mexeu o concreto a 4 por 1. Dizia consigo:"Eu me vingo. A gente faz bem feito e não é reconhecido. Pois farei mal feito desta vez."
Seguindo o mesmo raciocínio do companheiro, o segundo homem pensava:"Essa é a última obra que eu faço para esse usurpador ganancioso. Vou aproveitar para dar o troco." E ainda pior que o primeiro fez uma casa com a segurança das vigas e colunas totalmente comprometidas.
Já o terceiro pedreiro, como sempre o fez, construiu a casa que o patrão lhes pediu seguindo à risca todas as instruções do engenheiro e ainda aproveitou o material que sobrou para construir uma lareira, uma churrasqueira e um canteiro para a plantação de flores na entrada da casa.
Encerradas as obras, todos voltaram para a empresa a fim de assinar a "papelada" e entregar as chaves de suas respectivas construções. Porém, qual não foi a surpresa dos três pedreiros ao ouvir da boca de seu honesto patrão o seguinte:
__Amigos, numa tentativa de retribuir um pouco do quanto voces foram prestativos, fiéis e honestos durante esse tempo que trabalharam conosco, a empresa passa-lhes às mãos as chaves das casas que acabaram de contruir. Não precisam devolver as casas que voces construíram. São para voces desfrutarem da aposentadoria junto com seus familiares.
Bem, nem precisa descrever com que cara ficaram os dois homens que, pensando serem explorados pelo patrão, construíram mal suas próprias residências.

Que lição podemos extrair disto?

Ninguém pense que ao acordar cedo e ir para a empresa estará trabalhando para os outros. Não, cada um trabalha para, e por si mesmo. Encare o seu trabalho como algo grande, importante e que tem relação direta consigo. Dentro de uma corporação existem várias empresas que a constituem. Cada departamento é cliente ou fornecedor de outros setores dentro da mesma corporação e cada funcionário é "chefe" no exercício de suas tarefas, e somente ele próprio decide se elas sairão bem ou mal, com consequências que muito lhes dizem respeito. 
Os trabalhos mais complexos de uma empresa dependem das tarefas mais simples executadas nela, mas todos os trabalhos e tarefas dependem de uma única postura: profissionalismo.
Existem "feras" no Setor Administrativo e existem "ninjas" no Setor Operacional. O porteiro que destravou a catraca para o Gestor passar livre e desimpedido, enquanto resolvia pelo celular um assunto delicado com um cliente "irritado", não tenha dúvidas de que participou do sucesso daquela operação de negócios. E nem precisa entrar em detalhes sobre o porque, basta fazer a coisa certa, no momento necessário.
A exemplo disto, outros profissionais, ainda que não percebam, no dia-a-dia de uma empresa realizam tarefas simples, mas que incidem importantemente no resultado final.
Para finalizar, penso que cada um deve ter em mente que a expansão da empresa onde trabalha é um fator diretamente ligado ao próprio crescimento individual, pois uma empresa próspera é uma fonte inesgotável de oportunidades para todos, mas principalmente para aqueles que se atentam a isto.
 Tarcicio Andrade (grafado assim mesmo)Blogueiro nas horas vagas Já foi lido por 33 mil pessoas em 24 horas Administra um site. www.linkesfera.com.br/ao-vivo Divulga blogs no Brasil e em Portugal Tem 17 mil seguidores no Twitter: @LinkEsfera

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