sexta-feira, 4 de maio de 2012

A TV Globo espanca o moral do povo brasileiro com suas novelas

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A TV Globo espanca o moral do povo brasileiro todos os dias com suas novelas e ninguém reage. Parece que ninguém denuncia ao Ministério Público essa emissora que tanto mal faz para a formação de opinião no Brasil, desde que emergiu dos porões da Ditadura militar sob o patrocínio de um regime de governo que matava os filhos da pátria.

Existir e se dar bem num período em que as letras musicais e manifestações artísticas eram reprimidas não é um trabalho à toa, é perfilamento ideológico de primeira, é trabalho de uma linha editorial cúmplice e conivente com toda aquela máquina de repressão, com todo o tipo de rechaça, incluindo mortes e desaparecimentos de pessoas, controle da informação e da formação de opinião, que foi o mais notório significado da ditadura.

E por que eu digo que a poluição ideológica é da Rede Globo, e não dos novelistas e de suas novelas? Antes que alguém pense que eu sou ignorante, quero falar do que vem a ser linha editorial: A TV Globo é sim responsável direta pelo conteúdo que é transmitido através de suas novelas. Quando alguém escreve uma "peça dramatúrgica" (entenda novela) ele o faz levando em conta quem irá comprar a ideia. E quem pensa em vender algo leva em conta o gosto do comprador. As novelas da Globo são feitas para a Globo, não necessariamente para o povo, de acordo com o que "é interessante" para a emissora. Quem escreve conhece muito bem esse gosto dos diretores, e os diretores conhecem bem o gosto daquele a quem respondem. Tanto é que os criadores de novelas da emissora são praticamente os mesmos ao longo de décadas. São os "queridinhos" que voce já conhece muito bem.

Para dar um exemplo, eu tenho um site onde várias pessoas oferecem artigos para serem publicados. Eu faço uma seleção daquilo que acredito estar de acordo com a linha editorial do site, e publico uns ao mesmo tempo que descarto outros. E mesmo que eu não esteja supervisionando, aqueles que moderam sabem qual é o meu gosto. É o que vem a ser essa linha editorial. É aquela faixa média que abrange um conteúdo, o qual apesar de diversificado é semelhante. O fruto não cai muito longe da árvore, assim como o conteúdo de uma emissora de TV não deve ser muito diferente daquele que já vem sendo publicado. Isso é linha editorial. E a linha editorial da Globo é o alvo dessa crítica.

Paradoxalmente, as pessoas pobres e debochadas pela TV dos Marinhos são os que mais assistem novelas, senão as únicas. São aquelas pessoas sem opção de lazer à noite que desmaiam na frente desse lixo midiático até que o sono as adormeça. Por isso mesmo, o Miguel Falabella, explorando ainda mais essa doença social, que é gostar de vê-se achincalhado, que tem o povo brasileiro, esculachava "gente pobre" no programa humorístico "Sai de Baixo". Clique na imagem para ver o vídeo no YouTube:
É essa linha editorial marginalizadora das classes que faz com que "gente pobre" seja um assunto que volta e meia vem à tona, atravessando programas das mais variadas classificações e tipos, por anos e décadas, sempre com o mesmo requinte de sarcasmo, como se pobre fosse o único objeto da criatividade duvidosa dessa TV mal intencionada.

O mesmo personagem sarcástico escapa da novela das nove, vai parar na das sete, ressurge nos programas vespertinos dirigidos ao público adolescente (que estuda à noite e se deseduca às tardes), eternizando a ideia de uma linha divisora que insiste na segregação social com base nas condições econômicas, acabando com qualquer ideia virtuosa que salve a nação da eterna ignorância, vivificando eternos esteriótipos de um Brasil que já foi, note bem, já foi, aristocrático. Hoje não é mais e só a Globo não se deu conta.

Onde já se viu pessoas formadas em ensino superior destilando palavras de humilhação contra os menos estudados? Onde já se viu patrões que perdem tempo se "masturbando psicologicamente" em busca do êxtase de ver algum subordinado patinante sob o comando de alienadas ordens? Só nas novelas da Globo. Na intenção de reproduzir pela dramaturgia personagens do imaginário brasileiro eles na verdade inventam esses personagens, criam esse imaginário e vivificam a segregação e tudo o que de ruim ela pode trazer. A violência urbana é só um dos frutos dessa "masturbação social" que eleva valores financeiros acima de valores morais.

Para terminar, eu poderia citar um milhão de exemplos se tivesse estômago para aturar esse tipo de coisa. Desnecessário é, pois todos sabem disso, já que a audiência dessa fonte de esgoto social é grande no Brasil, lastimavelmente. É comum vermos cenas em que, do nada, sem nenhum contexto no enredo da novela, como se para cumprir uma norma demoníaca, um personagem descarrega a boca a frisar as diferenças entre ricos e pobres, como se pobreza fosse a "febre amarela" ou a "Peste Negra". É de péssimo gosto ao extremo.

3 comentários:

  1. É verdade. Aliás, no Brasil, a programação da TV aberta é um lixo copiado do lixo.

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  2. Pois é, e eles pensam que nós não somos capazes de entendê-los nas entrelinhas das mentiras que contam. Vejam só, tiraram a Fátima Bernardes do Jornal Nacional para que o noticiário não ficasse com a cara do "quarto de casal". As pessoas ficavam constrangidas de ver marido e mulher trocando olhares que falavam mais que mil palavras, geralmente quando um errava e outro corrigia quase que com aquele velho jargão "eu não falei?!" Aquilo era queda-de-braço dos sexos e a Globo tirou a Fátima, senão teria que tirar o Bonner. E disseram, como quem conta história da carochinha, que a Fátima ia sair para comandar um novo programa espetacular. Cadê o programa? Cadê a Fátima? Está, nada mais, nada menos, que na "geladeira dos artistas", para onde foi a Leila Lopes(antes de se matar), para onde foi o Dedé(por um bom tempo), para onde foi o Bial, um jornalista que fazia matérias internacionais e agora limita-se a fofocar sobre quem pegou quem por baixo do edredom, e o Francisco José, que nunca saiu das matérias regionais do Recife, por causa do sotaque, pois a Globo não admitiria que o sotaque nordestino viesse a ser a voz de noticiário nacional, por exemplo.

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