segunda-feira, 4 de março de 2013

Virgindade e casamento - A simbologia por trás de tudo

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Preconceito e seu conceito

(pre- + conceito)
s. m.
1. Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial.
2. Opinião desfavorável que não é baseada em dados objectivos. = INTOLERÂNCIA
3. Estado de abusão, de cegueira moral.
4. Superstição.

Eu quis iniciar dissecando o significado da palavra "preconceito" porque ela é inevitável quando falamos de pessoas, de sexo e de relacionamentos. Por mais maduros que sejamos, jamais podemos dizer que estamos livres de num momento ou outro agirmos de forma preconceituosa. Conhece alguém que diz não ter nenhum  preconceito? Pois é, eu também conheço várias pessoas. Na verdade, podemos não ser preconceituosos no sentido de agir sempre assim em relação a tudo, de perpetuarmos esse defeito humano em todas as situações, mas é justo admitirmos que estamos sujeitos a isto, principalmente quando nos deparamos com uma situação com a qual não estamos habituados a lidar. E o preconceito vem mesmo nessas horas, pois situações novas nos levam a formar um conceito não amadurecido acerca de algo, segundo a própria definição no dicionário. Nós, seres humanos, queremos dar sentido a tudo, precisamos ver um significado para tudo aquilo em volta. Na falta de conceito, serve o preconceito. A diferença entre uma pessoa PRECONCEITUOSA e uma que AGIU ERRONEAMENTE COM PRECONCEITO se dá em que esta última, uma vez suprida a falta de conhecimentos, amadurece a forma de pensar e muda de opinião. A primeira, não. Ela teme se desapegar do conceito precipitado e morre tentando justificá-lo.

Dois exemplos sobre preconceito:

Vou contar duas histórias que muito bem exprimem preconceito: Um homem casou-se com uma moça virgem. E na ansiedade de fazer sexo com ela a deflorou(tirou a virgindade dela) logo após sair do cartório, nas vésperas da cerimônia na igreja. Foi por muita insistência dele e a contragosto da jovem, que havia escolhido manter-se virgem para a noite de núpcias. O resultado foi que ela entristece-se com a atitude dele e algo passou a incomodá-la ao ponto de cogitar desistir de se casar. Porém, seguindo os valores morais religiosos, ela temeu ainda mais a desistência e deu prosseguimento a tudo.

Quando finalmente ambos entraram em lua de mel, ela descobriu-se frígida. Ela não pudia amar aquele homem que não respeitou sua escolha e em pouco tempo dele se separou, porque ele já não suportava transar com uma geladeira.

Passado algum tempo, ela conheceu um rapaz que lhe mandava flores e bombons, e que estava atento a todos os seus gostos. Ela se apaixonou por ele. Quando um dia teve oportunidade de está sóis com o ex-marido, numa troca de alfinetadas, ela disse: "Eu tive o meu primeiro orgasmo com meu atual namorado."

Preconceituoso, o semblante daquele homem caiu por terra. Ele, que se sentia muito "macho" por ter sido o primeiro homem da vida dela, viu-se no segundo lugar no quesito mais importante: o prazer pleno. Na verdade, viu que "o primeiro" era o atual.

Outro homem, tão preconceito quanto este que acabei de contar a história, decidiu que não queria casar-se com uma mulher virgem. Formulou em seu (pré)conceito que uma mulher que passa pela dor de ter a membrana rompida no sexo com um homem nunca irá sentir prazer com ele. Desde então passou a buscar uma moça que não fosse virgem. Ele dizia consigo: um trouxa vai lá e "desbrava" e eu desfruto do ato mau sucedido. Serei o "melhor homem" de sua vida. Dizia.

Até que casou-se com uma jovem não virgem. Nos dias que se seguiram à lua de mel ele começou a se perguntar como teria sido a relação dela com o primeiro cavalheiro. E ela, sem suspeitar do grau de preconceito que ele possuía, contou-lhe detalhes, que foi bom, que não doeu, e que só não ficaram juntos por outros motivos. Essa pulga atrás da orelho dele cresceu que se transformou num King-kong. Ele não suportou a "presença" de um outro homem que pensava povoar a memória da esposa e todas as vezes que faziam sexo analisava se seria ou não melhor que aquele primeiro. Resultou que ele chegou ao ponto de se matar.

Veja como ele mudou de conceito, vivenciando conceitos antagônicos. A questão não era a moça ser virgem ou não, mas tratava-se mesmo de um sentimento de inferioridade que ele alimentara de traumas de infância(provavelmente resultado da concorrência pela atenção dos pais com outros irmãos). Fosse como fosse, ele sempre estava buscando uma forma de medir-se em relação aos outros. Infelizmente, ele via a mulher como um mero objeto de medição do quanto seria homem ou não. Na verdade, ele não era homem, não para uma mulher.

A simbologia por trás de tudo no casamento.

O vestido branco de uma noiva simboliza pureza. No entanto, essa pureza pode ser aos olhos do noivo uma virtude da pessoa com quem vai se casar ou pode ser simplesmente a pureza em relação ao sexo.

Mesmo em se tratando de pureza em relação ao sexo, ou seja, a falta de experiência sexual não pode estar relacionada ao caráter da mulher. Se fazer sexo afetasse o caráter da pessoa, o homem seriam um mau caráter, porque dificilmente um homem se casa virgem.

A rosa, a despeito de simbolizar paixão ardente, é um adorno que externa, pela semelhança, a vagina. Ela tem pétalas, cor e botão. A rosa se abre na primavera, assim como a moça se abre(as pernas, a intimidade, e o rompimento da membrana) na época certa, que é o surgimento do amor de sua vida, do homem perfeito, apaixonado, que a convence de mudar de vida. O simbolismo do cerimonial de casamento, de fato, evoca virgindade, pureza e mudança de vida.

Muitos homens temem que a moça não virgem tenha já passado por todo esse simbolismo, de forma atropelada, e que já não reste emoções suficientes para suplantar essas lembranças. No entanto, esses homens deveriam perguntarem a suas esposas o que para elas significou casar-se com eles. Certamente, quem o fizesse iria descobrir que não importa quantas vezes a mulher fez sexo antes dele, há evidências de que ele seja o melhor, tanto que a levou para o altar e com ela divide a intimidade de uma forma jamais dividida com ninguém, porque há coisas na vida de um casal que não se vive em motéis, dentro de um carro ou em um lugar qualquer, num curto período de tempo. Há intimidades que só experimenta-se com vários verões vividos juntos.

Uma mulher talvez leve anos transando com alguém para poder se entregar de corpo e alma. Mas esse alguém precisa ser homem no sentido pleno da expressão. Ele precisa não fraquejar no amor, no companheirismo, na entrega de si mesmo, pois assim é o amor. E a mulher pode até fazer sexo com qualquer um(ela não é diferente do homem), mas ela busca alguém para fazer mais que isto, para fazer amor e sexo, que é a coisa mais completa.

Homem de verdade não leva a mulher para a cama apenas, mas a trás para dentro da alma, do coração, e faz não uma casa, mas um mundo onde a cerca de proteção, segurança e estabilidade. Isso sim é que é ser homem, porque ter um pênis ereto até os macacos o tem, mas só um homem faz a mulher sonhar, antes, durante e depois do sexo, para muitas e muitas vezes.

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