quinta-feira, 5 de abril de 2012

Na era da informação global credibilidade não tem preço

Agregador de links
Antes de darmos prosseguimento ao assunto, gostaria que voce desse uma olhadinha em pelo menos um deste vídeos, para frisarmos o que vamos dizer:




A tecnologia nos permitiu um poder de comunicação jamais visto em toda a história da imprensa. Este fenômeno é tão recente que uma fatia considerável das pessoas ao redor do globo terrestre ainda não o compreende em toda a sua potencialidade e nem quanto a todas as  formas como ele acontece.

Um sinal mais simples desse poder são os vídeos caseiros publicados na internet, chamados "virais" numa feliz alusão, que se espalham em pouco tempo alcançando um público superior ao que mídias tradicionais sequer sonharam a poucas décadas atrás.

The Washington Post, The New York Times, Rolling Stone e nenhum diário oficial de qualquer país jamais foram tão rápidos e universais quanto algumas postagens populares na web. Diante dessa pressão inevitável a credibilidade tornou-se a única moeda de que as mídias tradicionais podem se valer, ou seja, criar um fator divisor entre qualidade e quantidade. É essa credibilidade que o jornal 'O Estado de S. Paulo' vem nos lembrar através de sua mais recente campanha.

Claro que não apenas o 'Estadão' a possui. Outros organismos da imprensa também compartilham e gozam plenamente desse atributo. Não somente pelos próprios méritos, que sobrevivem ao passar das gerações, mas também pelo fato de ser o mais proeminente e creditável instrumento da informação no estado economicamente mais importante da Federação: São Paulo.

Toda ação nesse sentido é imprescindível a bem do consumidor final, que é o povo. É necessário que hajam faróis de credibilidade nesse mar de informações que se cruzam vindas de todos os lados e origens, com os mais diversos fins. É certo que mesmo entre os meios de comunicação propriamente dito, como rádios, emissoras de TV, jornais e revistas, existe uma baixa valorização à credibilidade. Há programas jornalísticos, e isso é grotesco, guiados por interesses econômicos, políticos e, por vezes, religiosos.

Uso do Photoshop e outros programas de edição de imagem.

A preocupação com o acabamento final de um produto editorial sempre existiu. Nas ondas da moderna tecnologia a serviço da comunicação visual, uma ferramenta se destacou: o Photoshop. No passado, o mesmo trabalho de modificação e aperfeiçoamento de fotografias e ilustrações de textos era realizado, sem contudo obter-se resultados tão impressionantes quanto o que se obtém da aplicação de programas editoriais e softwares, como o Photoshop.

Uma avalanche de fotografias impregnaram a web, as revistas e jornais, com celebridades "retocadas" como um aliado a mais na infinita busca pela perfeição e admiração do público. O que se sabe, sendo de conhecimento muito comum, é que a maioria dos rostos das estrelas do cinema, da música e da televisão, não dispensam a edição de imagem regada ao cliques de um novo Picaço, o webmaster. Já não é de se admirar que algum portal de notícias, ou site de fofocas, saia de vez em quando com algum "furo de reportagem" a estampar manchetes do tipo, "Madonna sem uso do Photoshop" ou "Britney Spears em foto com erro de Photoshop", e dai por diante.

Essa semana me deparei com uma matéria: "Capa da Revista x Vida Real". O conteúdo trás duas fotos da Miss Bumbum, Rosana Ferreira. Numa das fotos, ela com a exuberância que lhe rendeu ilustra a capa da revista masculina Sexy. Na outra, o que se pressupõe ser ela sem a aplicação do Photoshop. A matéria apresenta a celebridade da seguinte forma:

"Esta é a Miss Bumbum, Rosana Ferreira, na capa da Sexy de janeiro:

Ta linda, não? Agora vamos conferir ela na vida real:

Ta linda também, só que ao contrário!! HAHAHAHAHA
Photoshop? Sim, claro ou com certeza?"


(Coluna do Yahoo! Por: Thiago Pereira)
(Veja também este artigo do mesmo autor.)

Não que eu coloque em dúvida as informações passadas pelo colunista mencionado. Desconheço a origem do material para questionar ou endossar sua legitimidade. No entanto é sempre bom, nestes casos em que uma imagem contradiz a outra, fazer a seguinte pergunta: qual das duas imagens foi "photoshopada"? A que mostra a celebridade bela ou a imagem que expõe suas imperfeições? Sim, porque o Photoshop tanto permite alterações de efeitos positivos quanto acrescenta imperfeições inexistentes. Tudo fica mesmo a critério do quanto o veículo que publica tais imagens valoriza aquilo que dissemos acima: a credibilidade. Note que fazer uma notícia circular hoje em dia é muito fácil, e isso tem pontos positivos e negativos, mas reparar uma informação inverídica pode não ter a mesma facilidade. E as vezes, só a justiça repara em parte tais equívocos.

No final do mês passado um vídeo circulou a internet com uma "linha do tempo" de imagens da atriz Lindsay Lohan, desde a infância até datas bem recentes. No entanto, é impossível não notar o emprego do Photoshop, desta vez não para melhorar sua imagem, mas para arruinar. Veja a ilustração abaixo:

E então, qual das duas tem alterações do Photoshop? Uma ou ambas? Ambas para melhorias ou para ruina estética? O Photoshop permite tanto isto quanto aquilo. Só a inteligência do internauta, o novo alvo, e ao mesmo tempo promotor dessa globalização da informação, para julgar e discernir o que merece e o que não merecer crédito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente com responsabilidade!