segunda-feira, 23 de julho de 2012

Nosso cinema nacional não é medíocre, é idiota mesmo

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Steven Spielberg é o diretor que mais tem filmes na lista dos "100 Melhores Filmes de Todos os Tempos". Nessa lista, um homem só chega a ter maior participação que todo nosso rol de produtores, de todas as épocas. E a cacetada maior é quando voce percebe que Spielberg chegou a isso produzindo filmes para todas as idades, algumas vezes agradando ao público adulto e infantil, como em "O Parque dos Dinossauros", "Os Caçadores da Arca Perdida", "E.T, o Extraterrestre", e outros filmes ovacionados internacionalmente.

E mesmo em filmes direcionados para um público adulto ele não caiu no blefe de apelar para aquilo que toca o corpo das pessoas(o sexo), geralmente uma válvula de escape recorrente aos produtores nacionais brasileiros que desacreditam ser possível tocar a alma(os sentimentos), não colocando o equivalente patético à nossas "pornoxanxadas", vistas em "Amor Estranho Amor", "É proibido Fumar", e mais recente, em "E ai, comeu?", onde, não obstante qual seja o enredo do filme, alguém sempre dá um jeito de introduzir no contexto cenas de sexo, palavras de baixo calão ou insinuações eróticas bizarras e apelativas, sacrificando o talento de grandes atrizes, como Glória Piris, Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Denise FragaMaitê Proença e outras.
Cenas de "É proibido Fumar" - Glória no banho...
...e depois, ouvindo gemidos de um casal vizinho fazendo sexo.
Curiosamente, e mais que tudo, vergonhoso, vexatório, é ler na entrada desses filmes o apoio cultural de órgãos do governo como o Ministério da Cultura, assinando que essa categoria de comportamento recorrente substituto da falta de criatividade, inventividade e sensibilidade artística, é nossa marca maior, de mais ninguém. Nem mesmo o escroto e surreal cinema chinês, cheio de efeitos especiais que ultrapassam o imaginário extra-humano, assim como o pífio tailandês, superam a idiotice dos produtores do nosso cinema em idiotices e acefalia coletiva. Como, pois, esperaríamos um Oscar?

A coisa mais sensata que poderiam fazer para Fernanda Montenegro, citanda como melhor exemplo dessa nossa paixão por perpetuar as razões de nosso "complexo de vira-latas", seria pedir-lhe desculpas pela frustração na última tentativa de ganhar o louro da Academy Awards, com Cidade de Deus, ou então, dá-lhe mais um papel em um novo filme, só que desta vez, um filme de verdade, não esses "arcabouços" de pilherias e puias feitos por diretores lobotomizados que passam de mão em mão o bastão da idiotice magistral patrocinada.

Falei muito? Assista o trailer de uma das últimas pérolas do Cinema Nacional que enterra de vez esse assunto: Oscar.

2 comentários:

  1. Precisamos enxergar outras maneiras de criar um roteiro pois realmente,o brasileiro acha que vai conquistar com apelos sexuais e palavrões ...
    Também não acho legal todo aquele prólogo com apoios do ministério da justiça!!!É incrivel como não crescemos cinematograficamente!!!
    abraço tarcicio.

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