sábado, 24 de novembro de 2012

Je T'aime moi non plus - Tão contraditória quanto a própria paixão

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Em 1969 uma canção faria jus aos mais calientes momentos de amor entre um homem e uma mulher na voz do cantor francês Joe Dallesandro e da cantora "Jane Birkin. Je T'aime moi non plus", apesar de uma melodia com aparência inocente, tão inocente quanto o doce olhar de Jane, revelaria-se aos sabor das décadas o hino dos motéis, das paixões desatadas, dos corações em pedaços, surpreendendo a todos, da mesma forma como uma mulher revela-se a princípio doce e inocente e depois surpreende com o mais ardente dos amores, desejos avassaladores capazes de levantar exércitos e mover continentes.
Outra surpresa, sem dúvidas, ficou por conta do enigma por trás do carisma suscitado na aparência feia de Joe, que assemelha-se mais com uma criatura emergidas dos esgotos de Paris, um rato talvez seja a primeira lembrança que nos ocorre ao vê-lo. E se alguém duvidasse naquela época que uma criatura tão feia arrebatasse o coração da doce Jane, ainda que sob a graça da pura ficção, o certo é que ficou provado que ele ganharia não só a França e suas paixões vulcânicas, mas também atravessaria continentes e épocas.

"Je T'aime" é assim, como aquele casal lindamente feio, formado pela bela e a fera, simbolizava a perfeição do amor, que é exatamente contraditório e imperfeito. Quem nunca amou que prove o contrário.

Só uma observação: a data da canção, 69, não tem nada a ver com aquilo que ela mais invoca, como a mais popular e exótica posição sexual do Cama Sutra.

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